quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Poema (reflexão)


A FRAGILIDADE DA MODA
 O miserável requinte
Devora a sua silueta.
A aparência tira o apetite
E a miséria vende a etiqueta
Nefasta de magra,
A sofisticada opulência
Exige um ventre anoréxico
Ao estilo da culinária francesa.
A gordura é estética
E se manifesta em camadas
De maquiagens e acessórios
De migalha em migalha
A indústria da moda é soberba.
Cria vestidos e estilos
Fabrica necessidades superficiais
Das quais ninguém deseja
O controle do corpo
É a mente fragilizada.
Por lipoaspiração e silicone
Por ginástica e cirurgias-plástica
Um pouco mais do nada
É pra manter o prato cheio
Pois a ânsia do mendigo
É o anseio da modelo
Patrick Monteiro

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